Para encerrar o mês de Prevenção da Gravidez na Adolescência a Prefeitura de Garça, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e da Secretaria de comunicação, produziu um vídeo com o depoimento de uma adolescente que engravidou aos 14 anos de idade. O objetivo do vídeo é mostrar para os jovens como é a vivência de uma mãe adolescente (clique aqui e assista ao vídeo).
A jovem Ana Carolina dos Santos Pereira, de 17 anos, foi a protagonista do vídeo. Ela é casada e tem dois filhos, um de dois anos e uma bebê de apenas quatro meses de idade. Na primeira gravidez a jovem tinha apenas 14 anos.
Ana Carolina desempenha com muito amor suas funções de dona de casa e mãe, porém, deixou de viver uma vida normal, como todas as suas amigas. Ela se emociona no vídeo ao falar sobre o assunto.
Com as devidas autorizações, o vídeo foi distribuído para fortalecer as ações de conscientização para prevenir a gravidez na adolescência.
Durante este mês de fevereiro também foram realizadas outras ações de conscientização e prevenção, organizadas pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social e da Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com a Sociedade Beneficente Caminho de Damasco (SBDC), gestora da Atenção Básica no município e do Conselho Tutelar.
Foram distribuídos panfletos e cartazes, e realizado bate papo nas USFs, além da publicação de matérias sobre o tema na imprensa, entre outras ações realizadas para conscientizar os adolescentes e seus familiares.
Garça expandiu esse diálogo para todo o mês de fevereiro, a partir da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, celebrada no início deste mês e respaldada por Lei Federal (nº 13.798/19).
Gravidez na adolescência no Brasil
O Brasil possui a maior taxa de mães adolescentes da América Latina. O relatório conjunto publicado em 2018 pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF/OMS) e UNFPA/OMS aponta que na América Latina e no Caribe a taxa de gravidez por 1.000 nascidos de mulheres entre 15-19 anos é estimada em 65,5 nascimentos e no Brasil esse número chega a 68,4.
Apesar de apresentar uma taxa de gravidez na adolescência acima da média latino-americana, o Brasil teve avanços nas últimas duas décadas. Entre 2000 e 2019, segundo registro no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC), houve uma redução de 55% no número de bebês nascidos de mães adolescentes (15-19 anos).
A Rede Pública de Saúde teve papel fundamental nessa redução, porque ampliou a cobertura em serviços que abordam a sexualidade responsável e planejamento familiar, em especial, a partir de programas específicos para a saúde da mulher, da gestante, dos adolescentes e a disponibilização gratuita de métodos contraceptivos.
Prevenção na Atenção Primária
São nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) que são oferecidas à população adolescente e jovem as principais ações educativas acerca da sexualidade responsável, promoção à saúde, prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e da gravidez precoce. Nesse contexto, os métodos contraceptivos que ajudam no planejamento familiar são ofertados pelo SUS, de forma gratuita, a essa população.
São eles: anticoncepcional injetável mensal; anticoncepcional injetável trimestral; pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte); preservativo feminino e preservativo masculino.