Vivemos tempos chuvosos, como normalmente acontece no início de cada ano. E é nesta hora que muitos lembram que os cuidados em relação à prevenção da proliferação do mosquito Aedes Aegypti - transmissor da febre amarela, dengue, chikungunya e zika vírus - não podem parar. Aqui em Garça não pararam.
Os agentes de controle de endemia e os agentes comunitários da secretaria de saúde continuam fazendo o trabalho de visita casa e casa e, infelizmente, estão encontrando muitos criadouros de larvas do mosquito.
A diretora da vigilância sanitária de Garça, Edna Semensato, esclarece: ?Nós já tivemos um caso de dengue confirmado no bairro José Ribeiro e não queremos que isto se propague. Para termos sucesso, precisamos do apoio e empenho da população. Este não é uma problema ?da? saúde pública, e sim ?de? saúde pública. É preciso que cada munícipe faça a sua parte dentro da sua casa, do seu quintal, nos prédios comerciais da cidade não deixando materiais que possam acumular água expostos ao tempo para que acumulem água e se tornem focos de criadouros do mosquito. Vasilhas, garrafas, brinquedos, pneus, entre outros, podem acumular água limpa. E água limpa não é água potável, água que o ser humano pode beber. Se a água acumulada estiver na sombra, melhor ainda para as larvas se desenvolverem. Sem o empenho da população em conjunto com o poder público, não teremos sucesso nesta luta. E todos sabemos que a dengue, em suas consequências, pode levar a pessoa que desenvolveu a doença à morte?.
A diretora lembra que nós já tivemos duas grandes epidemias de dengue em Garça e ninguém quer passar pela terceira.
E segue em suas considerações: ?O zika vírus causa mais problemas às mulheres em período fértil, já que podem contrair a infecção, ocasionando danos para o bebê, como a microcefalia, um problema para o resto da vida.
Na chikungunya os sintomas são bem mais severos que os sintomas da dengue. A pessoa vai ficar praticamente sem conseguir fazer suas atividades diárias por três, quatro meses. E pode cronificar, também deixando consequências para toda a vida.
A febre amarela está acontecendo por aí. E o mosquito Aedes Aegypti é o transmissor da doença. Se houver criadouros com larvas e, consequentemente, mosquitos, a febre amarela também pode voltar?, segundo falou a diretora Edna.
Vale lembrar que temos uma lei municipal, 4990/2015, que oferece a possiblidade de autuação do proprietário do imóvel em caso de serem encontrados recipientes com larvas. O objetivo não é multar, mas sim evitar a transmissão das patologias oferecendo condições que a população desenvolva estas doenças.
Demais cuidados que devem ser observados pelos munícipes
Acesso às residências dos agentes de controle de endemias e agentes comunitários - todos são credenciados e uniformizados para que os moradores possam consultar o vínculo junto à prefeitura. A entrada nas residência e prédios comerciais é muito importante para a eficácia do combate aos possíveis focos de proliferação do mosquito.
Vasos de plantas - os vasos de plantas também são possíveis criadouros. O pedido da vigilância sanitária é que os pratos dos vasos sejam justapostos, ou seja, fiquem colados à base dos vasos. Mas o ideal é não ter estes pratos embaixo dos vasos.
Bandeja das geladeiras - é importante as donas de casa ficarem atentas. A água das bandejas é limpa e parada, ambiente ideal para as larvas do mosquito. Para eliminar o problema é só colocar um pouco de detergente nesta água.
Calhas - em muitas ocasiões este é um local das casas e prédios que não é vistoriado. E o acúmulo de água nas calhas também acontece. O melhor para prevenir é vistoria-las e limpá-las constantemente.
Terrenos baldios - muitas vezes objetos que não são mais usados são descartados neste locais. É mais uma oportunidade de proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Os cidadãos não devem jogar objetos em terrenos pela cidade.
Ralos internos e externos ? não podem ser esquecidos. Os proprietários devem jogar produtos químicos pelo menos uma vez por semana nos ralos.