Atualmente um dos grandes objetivos em saúde no país é o controle da pandemia do novo covonavírus, que transmite a covid-19.
Fala-se muito em distanciamento social, fechamento de comércio e lockdown, mas uma ação importantíssima, segundo diversas pesquisas, é o uso de máscaras faciais.
A BBC Brasil divulgou uma matéria sobre este assunto. Foi citado um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que traz novas evidências de que as máscaras podem ser cruciais para evitar a infecção. Segundo a pesquisa, os lockdowns sozinhos não serão suficientes para impedir futuras ondas de contágio, a não ser que isso seja combinado com o uso massivo de máscaras para retardar a propagação da doença.
Mesmo máscaras de pano caseiras, que têm eficácia limitada, podem "dramaticamente" reduzir a taxa de transmissão se usadas por um número de pessoas suficiente. "Nossas análises apoiam a adoção imediata e universal de máscaras faciais pelo público", disse Richard Stutt, pesquisador de epidemiologia da Universidade de Cambridge e coautor do estudo. "Se o uso generalizado de máscaras pelo público for combinado com distanciamento físico e algum confinamento, poderá oferecer uma maneira aceitável de lidar com a pandemia e retomar a atividade econômica muito antes de haver uma vacina."
Os pesquisadores usaram modelos matemáticos dos vários estágios de infecção e da transmissão pelo ar e pelas superfícies.
Estes modelos mostraram que, se uma pessoa usa máscara sempre que sai em público, isso é duas vezes mais eficaz para reduzir a taxa de retransmissão do vírus do que quando alguém usa a máscara só depois que tem sintomas. Dessa maneira, as curvas de contágio podem ser achatadas, e as medidas de contenção, afrouxadas.
Em um outro estudo, com modelos matemáticos feitos nos Estados Unidos, é preciso que mais de 80% das pessoas usem adequadamente máscaras faciais para que haja algum controle na disseminação do novo coronavírus.
No entanto, o uso da máscara não é suficiente e deve ser combinado com o distanciamento social de pelo menos um metro, lavagem frequente das mãos e evitar tocar no rosto ou na máscara.
No site da Universidade Johns Hopkins, a epidemiologista Lisa Maragakis é clara quando perguntada se a máscara deve ser usada como proteção contra o coronavírus: "Se você estiver em um local público onde se encontrará com outras pessoas, use uma máscara".