A Secretaria Municipal de Saúde está preocupada com o alto Índice de Breteau (IB) verificado nas residências dos garcenses na segunda quinzena de outubro, indicando que pode haver uma epidemia de dengue em 2019. A equipe da Vigilância em Saúde aplicou autuações nos últimos dias, mas o objetivo principal é eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, para evitar a contaminação de doenças como a dengue, chikungunya e zika vírus.
De acordo com Edna Semenssato, diretora da Vigilância em Saúde de Garça, o número de larvas localizadas nas residências é muito grande. Ela destacou que o trabalho está sendo realizado intensamente pela equipe da Vigilância em Saúde, mas que é imprescindível a participação da população, não deixando acumular água em recipientes, eliminando os criadouros do mosquito que transmite doenças graves.
?O número é alto e precisamos da colaboração da população para evitar uma epidemia. Estamos realizando vistorias nos imóveis, mas não tem como estar em todo o lugar ao mesmo tempo. Quando flagramos as larvas do mosquito em água parada nas casas, nós autuamos os moradores, mas esse não é o nosso objetivo. Queremos que as pessoas se conscientizem do perigo de deixar água parada em suas casas?, disse Edna Semenssato.
Até o momento, em 2018, apenas dois casos de dengue foram confirmados, sendo um autóctone (contraído no município) e outro importado. Em 2017 foram cinco registros, com três autóctones e dois importados. Garça teve 13 casos de dengue em 2016, sendo nove autóctones e quatro importados. Nos últimos anos, 2015 foi o que apresentou o maior número de casos de dengue, com 1405 casos autóctones e três importados.
Em Garça, o Índice de Breteau verificado foi de 5,03. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), índice menor que 1 é considerado ?tolerável?, de 1 a 3,9 é considerado ?situação de alerta?, e superior a 4 é ?risco de surto?. O IB é um valor numérico que define a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento encontrados nas habitações humanas pela quantidade de total vistoriada. É utilizado no Brasil para a determinação de infestação do mosquito Aedes Aegypti.
O prefeito de Garça, João Carlos dos Santos, determinou a organização de uma comissão composta pelo chefe de gabinete, Cássio Adonis de Santi Siqueira; diretora da Vigilância em Saúde, Edna Semenssato; secretário de Comunicação, Fábio Bonassa; secretária de Saúde, Natalli Gaiato Cruz; e secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Victor Mafud, para traçar estratégias com urgência, com o objetivo de evitar possível epidemia.
Além disso, agentes de Saúde estão realizando visitas nas residências, orientando moradores e verificando a presença de larvas do mosquito. Diversas autuações já foram feitas e a partir da próxima semana, várias ações serão realizadas nas Unidades de Saúde da Família, alertando a população sobre os riscos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.