A
São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança – prepara apresentações e atividades gratuitas que acontecem nos dias 8 e 9 de novembro. Essa é a 5ª vez que a Companhia traz sua arte para Garça, com três apresentações - sendo duas sessões no dia 8, às 15h e às 20h, e uma no dia 9, às 20h – e duas oficinas de dança – ambas no dia 9, às 10h e às 12h -, no Teatro Municipal Miguel Mônico.
As apresentações terão no repertório as obras
Casa Flutuante, de Beatriz Hack;
Grand Pas de Deux de O Corsário, na remontagem da SPCD,
Morte do Cisne, por Lars Van Cauwenbergh; e
Yoin, de Jomar Mesquita. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados na Biblioteca Municipal.
Casa Flutuante, primeira criação de Beatriz Hack para a SPCD, revela diferentes conceitos de “casa” e suas impermanências, na cena. Conduzidos por uma trilha sonora eclética, o elenco flutua entre os movimentos propostos pela coreógrafa e desenvolvidos a partir da experiência pessoal de cada um. Os movimentos individuais e de grupo exploram as relações humanas e interpessoais. O
Grand Pas de Deux de O Corsário, versão da SPCD a partir do original de 1858 de Marius Petipa (1818-1910), revela a cumplicidade entre as personagens Medora e Ali. Essa obra apresenta o virtuosismo técnico dos intérpretes aliado a uma dramaticidade lírica que deixa ver os sentimentos de duas pessoas que partilham uma visão de mundo em busca da liberdade.
Já a
Morte do Cisne é um balé criado em 1907 por Fokine para Anna Pavlova é um solo emociante, que dialoga com as sonoridades da harpa e do violoncelo, inspirado no poema de Alfred Tennyson (1809-1892) e nos movimentos dos cisnes em seus últimos instantes de vida. Por fim,
Yoin, 2ª obra de Jomar Mesquita para a SPCD, faz menção à sensação que fica após cessado o estímulo. A trilha sonora metaforiza esse universo, com versões de músicas cujas interpretações originais marcaram o cenário musical brasileiro e o que elas se tornaram após transformadas por novos olhares. O figurino utiliza o
upcycling em uma analogia com as novas e melhores versões que podemos criar de nós mesmos a partir dos resíduos das experiências vividas, que guardamos nas nossas cristaleiras interiores. A iluminação simboliza a fogueira de forma contemporânea, em volta da qual os saberes e ancestralidades são transmitidos para nos transformar.
Yoin também diz da própria dança que, com sua efemeridade, deixa suas marcas e sensações, após fechadas as cortinas... para o público embalar nos seus relicários.
Oficinas de Dança
Serão duas oficinas, ministradas por Bruno Veloso - professor ensaiador da SPCD -, sendo de Balé Clássico, às 10h, e de Dança Contemporânea, às 12h. Para participar da ação - que faz parte das atividades educativas promovidas pela Companhia desde sua criação – é recomendado ter nível intermediário nas modalidades e acima de 14 anos. A atividade é gratuita e com vagas limitadas, por isso é necessário fazer a inscrição pelo link:
https://spcd.com.br/educativo/inscricoes/
“Garça sempre nos recebe de braços abertos e com uma plateia efusiva, tanto para os espetáculos, quanto para as demais atividades. Estar de volta é um prazer e nos conecta com nosso objetivo de sempre levar a arte para além da capital”, nos conta Inês Bogéa.
A apresentação da São Paulo Companhia de Dança em Garça é realizada pelo Ministério da Cultura e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e São Paulo Companhia de Dança via Lei de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. Patrocínio Itaú e Grupo Comolatti.
Serviço:
SPCD em Garça
APRESENTAÇÕES
Datas: 8 (15h e 20h) e 9 de novembro (20h)
Local: Teatro Municipal Miguel Mônico (Av. Dr. Rafael Paes de Barros – Williams, Garça – SP, 17400-000)
Ingressos: Gratuitos, retirados na bilheteria 1h antes
Fichas Técnicas:
Casa Flutuante (2024)
Coreografia: Beatriz Hack
Músicas: Boi nº1, Foli Griô Orquestra com Cacau Amaral; Nordavindens Klagesang, de Vàli; Giardini Di Boboli, de Manos Milonakis feat. Jacob David e Grégoire Blanc; Encruzilhada, de Tulio; e Marie, de Cristobal Tapia De Veer – mixagem por Renan Lemos
Figurinos: Balletto
Duração: 14 minutos e 44 segundos
Grand Pas de Deux de O Corsário (2015)
Remontagem e cenografia: São Paulo Companhia de Dança a partir do original de 1858 de Marius Petipa (1818-1910), baseado em O Corsário, de Lord Byron
Música: Adolphe Adam (1803-1856)
Figurino: Tânia Agra
Duração: 10 minutos
A Morte do Cisne (2019)
Coreografia: Lars Van Cauwenbergh, inspirado na obra de Michel Fokine (1880-1942)
Música: O Cisne, extrato do Carnaval dos Animais (1866), de Camile Saint_Saens (1835-1921)
Iluminação: Wagner Freire
Figurino: Marilda Fontes
Duração: 3 minutos
Yoin (2024)
Coreografia: Jomar Mesquita
Assistente de coreografia: Rúbia Frutuoso
Músicas: Poema
Saudades, de Arnaldo Antunes;
Assum Preto, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (intérprete: Jorge Du Peixe);
Fim de Festa, de Itamar Assumpção (intérpretes: Naná Vasconcelos e Itamar Assumpção);
Carinhoso, de João de Barro e Pixinguinha (intérprete: Elza Soares);
Como 2 e 2, de Caetano Veloso (intérpretes: Arnaldo Antunes e Vitor Araújo);
Samba da Benção, de Baden Powell e Vinícius de Moraes (intérprete: Maria Bethânia);
Avisa, de Tato (intérprete: Cida Moreira);
Juízo Final, de Elcio Soares; Nelson Cavaquinho (intérprete: Arnaldo Antunes);
Manhã de Carnaval, de Luís Bonfa e Antônio Maria (intérpretes: Jean Pascal Quiles, Louis Quiles e Nelly Decamp); vozes dos bailarinos do elenco.
Figurino: Agustina Comas
Iluminação: André Boll