A Fundação Tampa Bay do Brasil protocolou oficialmente um pedido de suspensão das atividades que eram realizadas com o baseball em Garça, por falta de condições, em razão da sua insuficiência de fundos para custeio das despesas operacionais até o final do ano letivo. O documento conta com um agradecimento por todo o apoio recebido e requer que seja autorizada a suspensão, sem prejuízo da parceria já firmada ter continuidade futuramente.
Assinado pelo diretor técnico da Fundação Tampa Bay do Brasil, Guilherme Tirado Leite, o documento registra o que já havia sido exposto verbalmente em reunião realizada no Paço Municipal. O suporte financeiro das atividades durante o período de parceria foi feito majoritariamente pela entidade mantenedora, o Tampa Bay Rays Baseball, equipe profissional que disputa a Major League Baseball, nos Estados Unidos.
O apoio financeiro e a mão-de-obra especializada foi fundamental para o desenvolvimento e continuidade das atividades desenvolvidas pela Fundação no Brasil até então, tendo em vista que seus atuais membros, voluntários, não possuem condição de suportar os custos operacionais da mesma, que vão desde a empresa que faz a manutenção do campo, até treinadores e estagiários, profissionais da área, necessários ao desenvolvimento correto das atividades com as crianças e adolescentes.
O documento afirma que a Fundação necessitou, por força das previsões legais vigentes e de suas disposições estatutárias, em virtude do vencimento dos mandatos dos seus membros do conselho e diretoria, passar por atualização de seus quadros. Desde sua instituição, já se encontravam nos quadros da Fundação alguns membros de outras nacionalidades e que residem fora do país. Com essa atualização seriam substituídos e incluídos outros membros, não brasileiros, por requerimento da mantenedora.
Tal situação, até o presente momento, não foi concluída, basicamente porque estes membros não brasileiros não puderam ter sua firma reconhecida nas atas das assembleias realizadas para tal fim, o que é exigência do Ministério Público do Estado de São Paulo, especialmente da promotoria que é a curadora das fundações.
Segundo Guilherme Tirado Leite, diante deste imbróglio, que perdura há mais de um ano, as atividades ditas formais da Fundação foram prejudicadas, tendo em vista que os membros não mais possuem, a rigor, mandato, além do fato de os certificados digitais da mesma terem vencido e sua renovação não ser possível previamente à conclusão desta regularização.
?Todavia, durante todo este período e até recentemente, a mantenedora, da qual a Fundação aguardava um posicionamento definitivo para regularização documental, manteve o custeio do projeto, realizando, pouco a pouco, cortes de gastos pontuais ao longo dos últimos meses?, destaca o documento.
A Fundação entrou em contato com a mantenedora para saber sobre as possibilidades para solução da situação, recebendo com surpresa a informação que o suporte para as atividades não mais ocorreria. Isso fez com que não fosse mais possível desenvolver os trabalhos no município, nos moldes que vinham sendo praticados, sendo necessária a dispensa dos envolvidos nas atividades operacionais da Fundação.
?Desta feita, visando não prejudicar os compromissos firmados com este município e no intuito de dar continuidade ao projeto futuramente, os membros da Fundação buscam, atualmente, novas formas de parcerias para que tudo se resolva da forma mais proveitosa possível, especialmente às crianças e adolescentes?, afirmou Leite, no documento encaminhado para a Prefeitura de Garça.