A população atendeu ao chamado do poder executivo e lotou as dependências da Câmara Municipal, participando ativamente da audiência pública sobre Segurança em Garça. O evento contou com a presença de representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Ministério Público, além do prefeito João Carlos dos Santos e todos os vereadores garcenses.
A mesa foi formada pelo prefeito de Garça, João Carlos dos Santos; presidente da Câmara de Vereadores, Wagner Luiz Ferreira; comandante do 9º BPM/I, Ten. Cel. PM Mário Sérgio Nonato; comandante da 4ª Cia de Garça, Cap. PM Cláudio Luiz Gomes de Sá; delegado da Polícia Civil de Garça, Gustavo Danilo Pozzer; e promotora Fernanda Peixoto Cassiano, representando o Ministério Público.
Além das pessoas que estavam no interior da sede da Câmara, uma caixa de som foi instalada para os que não conseguiram entrar, devido ao limite máximo permitido pelo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do prédio, pudessem acompanhar a audiência pública. Eles também puderam fazer perguntas aos envolvidos na audiência pública. Também houve grande participação de internautas que assistiram pelo Facebook.
O comandante do 9º BPM/I, tenente coronel Mário Sérgio Nonato, explicou que o número de policiais militares trabalhando em Garça é proporcional ao número de habitantes, procedimento que também é utilizado em todas os outros municípios no estado de São Paulo.
?Existe uma norma de um policial a cada mil habitantes. Esse é o estudo que é feito em todo o estado. Todas as cidades trabalham dessa mesma maneira. É assim em Marília, é assim em Tupã, é assim em São Paulo. A questão do efetivo é relativa, porque eu trabalhei em Garça do ano de 1996 ao ano 2000, sendo que tínhamos um efetivo maior, mas no primeiro trimestre de 1997 foram 15 homicídios?, revelou o tenente coronel.
O prefeito de Garça, João Carlos dos Santos, reafirmou que a segurança pública é dever do governo estadual, mas revelou que está firmando convênio com a Polícia Militar para implantação da Atividade Delegada, com policiais militares em período de folga tendo a oportunidade de trabalhar em algumas situações específicas. Ele também falou sobre a instalação de câmeras nos prédios públicos, além das que serão colocadas nas entradas e saídas da cidade, além de outros pontos estratégicos, bem como o centro comercial.
?Já em 2018 levamos ao conhecimento do governo estadual a nossa preocupação com a questão do efetivo policial em Garça. Em 2019 não foi diferente. Nós tivemos várias manifestações junto ao novo governo, levando essa mesma preocupação, trazendo para o conhecimento do governo estadual as nossas demandas locais. Existe um movimento do executivo e também do legislativo nessa articulação política?, disse o prefeito.
O delegado Gustavo Danilo Pozzer e a promotora Fernanda Peixoto Cassiano foram questionados sobre os criminosos que são colocados em liberdade, mas revelaram que trabalham dentro das leis. O representante da Polícia Civil afirmou que nos casos envolvendo menores de idade, dependendo dos crime praticado, é obrigado a liberar os infratores.
?Se não tem grave ameaça ou violência, infelizmente não vai ficar preso. A gente trabalha na lei. Menor de idade, vocês briguem com os legisladores. É o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente. Não fui eu que inventei isso aí. É a lei. São as pessoas que nós colocamos lá para legislar que definem?, disse o delegado Gustavo Danilo Pozzer.
