Agora a IG (Indicação Geográfica) “Região de Garça” foi oficialmente concedida.
A publicação da concessão foi feita pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) na revista de propriedade industrial nº 2707, edição de 22 de novembro.
A Secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Garça, Maria Thereza Ricci Sartori, falou sobre a conquista: “Estamos muito felizes com este primeiro passo, que é um reconhecimento, uma valorização ao café produzido em nossa região. Nossa próxima ação será a solicitação da DO (Denominação de origem)”.
O pedido de registro foi feito pela CONGARÇA (Conselho do Café da Região de Garça) em 28 de outubro de 2020.
Tamis Lustri é o atual presidente do conselho e destacou que “caberá ao CONGARÇA a tarefa de capacitar os produtores da região e verificar se eles estão aptos a utilizar o selo com a IP (Indicação de Procedência)”.
Mas o que é o IG “Região de Garça”?
A partir de agora quando for citado IG “Região de Garça” podemos entender que os cafés produzidos pelos 15 municípios que integram a IG têm o reconhecimento de IP (Indicação de Procedência).
Em outras palavras: foi reconhecida que a “Região de Garça”, com suas características específicas do solo, do clima, da geografia e de outros fatores, é uma importante produtora de cafés de qualidade, que oferecem especificidades características da região em seu sabor.
A espécie de café reconhecida foi a “Coffea arábica”, conhecida como arábica, nas condições em grãos verdes (café cru), em grãos torrados e em grãos torrados e moídos.
A IG “Região de Garça” é formada por 15 municípios do centro oeste paulista: Garça, Gália, Vera Cruz, Marília, Alvinlândia, Álvaro de Carvalho, Duartina, Cafelândia, Pirajuí, Júlio Mesquita, Guarantã, Ocauçu, Lupércio, Lucianópolis e Fernão.
Destaques da conclusão da publicação
Na publicação do reconhecimento da IG, a conclusão destaca que a “Região de Garça” é um dos maiores polos produtores de café do estado de São Paulo e a história do seu desenvolvimento está intimamente relacionada à cafeicultura, praticada por mais de 400 famílias só dessa região. Os municípios que compõem a “Região de Garça” compartilham história, tradição e cultura no mercado de café. Também compartilham aspectos geográficos, uma vez que estão inseridos em área ocupada pelo Planalto de Marília e pela Serra dos Agudos, com áreas acima dos 600m e temperaturas entre 17,8ºC e 28,5ºC”.
E segue: “Os cafés que são produzidos na área delimitada da IP (Indicação de Procedência) abastecem o mercado interno, fazendo parte da composição de várias marcas e blends, e também são exportados para mais de 20 países ao redor do planeta. Dessa forma, pode-se afirmar que a região possui papel estratégico na exportação paulista de café, tendo alcançado, em 2009, seu recorde histórico de exportação”.
Um outro aspecto destacado na publicação foi a realização do concurso de cafés especiais da “Região de Garça”. “A partir de 2018, passou a ser realizado o Concurso de Cafés Especiais da Região de Garça, com o objetivo de fomentar e valorizar a produção de cafés especiais da região. Trata-se do único concurso de qualidade de café na região e sua realização tem contribuído para aumentar ainda mais a visibilidade da “Região de Garça” no mercado cafeicultor. Importante ressaltar que os documentos deixam claro que o nome geográfico “Região de Garça” é conhecido pela produção de café, sendo essa grafia predominante em documento de cunho técnico”.
Já são 107 Indicações Geográficas no país
A publicação do reconhecimento da IG “Região de Garça” eleva a 107 IGs registradas no INPI, sendo 32 DO (Denominação de Origem), destas 23 nacionais e nove estrangeiras e 75 IP (Indicação de Procedência), todas nacionais.
A IG “Região de Garça” se junta a outras já reconhecidas como produtoras de café: Sul da Bahia, Região do Serrado Mineiro, Oeste da Bahia, Linhares, Mantiqueira de Minas, Norte Pioneiro do Paraná, Região das Matas de Minas, Alta Mogiana, Montanhas do Espírito Santo, Região do Cerrado Mineiro, Espírito Santo, Matas de Rondônia e Região do Pinhal.
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