A pneumonia é a maior causa de morte infecciosa no mundo, ceifando 2,5 milhões de vidas, incluindo 672 mil crianças com menos de cinco anos, só em 2019. Isso significa uma pessoa morrendo a cada 13 segundos! No entanto, a pneumonia continua a ser uma doença negligenciada.
Pneumonias são infecções que acometem os pulmões e os alvéolos pulmonares. Basicamente, é provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas).
Em crianças pequenas ou na presença de situações de risco, como desnutrição, por exemplo, tem mortalidade mais elevada. Nas crianças pequenas e bebês, a doença costuma ser mais grave que nos escolares ou adolescentes. A criança pequena evolui muito mais rapidamente que a grande ou que o adulto saudável para insuficiência respiratória, por isso ela tende a ser mais grave nesta faixa etária. É importante ressaltar que existem pacientes de maior risco de gravidade, como por exemplo os imunossuprimidos ou imune eficientes.
Para evitar que crianças adquiram pneumonia, é essencial manter as vacinas em dia, estimular o aleitamento materno – até pelo menos seis meses de vida do bebê -, evitar moradias com aglomeração, forno à lenha nos domicílios e exposição passiva ao tabagismo. Além disso, manter uma alimentação balanceada, evitando erros alimentares, bem como uma adequada higiene do sono.
Qualquer pessoa, em qualquer idade, está sujeita a contrair uma pneumonia, daí a importância de reconhecer os sintomas:
- Febre alta;
- Tosse;
- Dor no tórax;
- Alterações da pressão arterial;
- Confusão mental;
- Mal-estar generalizado;
- Falta de ar;
- Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada;
- Toxemia (excesso de toxinas no sangue);
- Prostração.
Fatores de risco:
- Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;
- Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório;
- Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias;
- Gripes malcuidadas;
- Mudanças bruscas de temperatura.
Tratamento:
O tratamento depende do micro-organismo causador da doença. Nas pneumonias bacterianas, deve-se usar antibióticos. Na maior parte das vezes, quando a pneumonia é causada por vírus, o tratamento inclui apenas medicamentos para aliviar os sintomas, como febre e dor, podendo ser necessários medicamentos antivirais nas formas graves da doença. Nas pneumonias causadas por fungos, utilizam-se medicamentos específicos.
É muito importante saber que, se não tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, causando até a morte.
A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Prevenção:
A pneumonia muitas vezes pode ser prevenida e, geralmente, pode ser tratada. O risco pode ser reduzido com vacinas e outras práticas de vida saudável:
- Manter as mãos limpas;
- Evitar aglomerações;
- Não fumar e não beber exageradamente;
- Observar as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em condições adequadas;
- Não se expor a mudanças bruscas de temperatura;
- Procurar atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para diminuir a probabilidade de complicações.