A iniciativa visa proteger a famosa Bugio e suas irmãs de doenças que podem ser transmitidas através do contato com ser humano e de ataques de outros animais.
A fêmea de Bugio Preto da espécie Alouatta caraya, que ficou conhecida como Loira, e suas irmãs que viviam soltas no Bosque Municipal de Garça, tiveram que voltar a viver em cativeiro.
Apesar de Loira e suas irmãs aparentarem ser adoráveis, permitindo a aproximação de humanos e muitas vezes buscando essa aproximação por iniciativa própria. Essa situação representa riscos tanto para as pessoas quanto para elas, podendo resultar em acidentes, como ataques a pessoas ou a elas por animais domésticos (que por regra não poderiam frequentar o Bosque como indicado nas placas de entrada do local), transmissão de doenças, além da possibilidade de atropelamento e eletrocussão, caso transpusessem os limites do Bosque Municipal.
A decisão de retorná-las para um recinto, já que nasceram em cativeiro no Bosque Municipal, foi fortalecida por um apontamento do órgão estadual DeFau em vistoria realizada no local. O DeFau é um dos departamentos vinculados à Coordenadoria de Fauna Silvestre (CFS) da Semil e tem em suas áreas de atuação a atribuição de realizar estudos, desenvolver modelos e propor normas voltadas ao manejo de fauna silvestre nativa e exótica, à destinação de animais silvestres e à gestão da fauna silvestre sob cuidados humanos.
Em relação à Loira e suas irmãs, a maior preocupação atual referia-se à ataques a elas por outros animais e à transmissão de doenças, conhecidas como zoonoses (doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e o homem) como por exemplo: tuberculose, raiva, leishmaniose, toxoplasmose e principalmente herpes, já que os primatas não humanos (por exemplo, macacos) não são naturalmente infectados pelo vírus causador da doença e só adquirem a doença pelo contato com humanos. A transmissão de herpes se faz através de contato com saliva e pode causar lesões ulcerativas em boca e língua, além de distúrbios neurológicos que geralmente levam o animal à morte.
Se você é um amante da natureza e dos animais silvestres, é crucial evitar alimentá-los ou se aproximar, visto que isso pode causar danos tanto a eles quanto a você. Contemplar a beleza desses seres sem estabelecer contato direto é uma forma de respeitar sua natureza selvagem. Além disso, é importante lembrar que muitos animais podem transmitir doenças e a proximidade excessiva pode colocar ambas as partes em risco. Ao observá-los à distância, estamos não apenas admirando sua beleza, mas também garantindo sua segurança e bem-estar.
Convém lembrar que é proibida a entrada de animais de estimação no Bosque, abrindo exceção apenas em ocasiões pontuais, como a Benção anual de São Francisco que acontece em horário determinado previamente e divulgado nas redes oficiais da Prefeitura.
Fonte: SECOM - Secretaria de Comunicação e Eventos