O prefeito de Garça, João Carlos dos Santos, atendeu aos veículos de imprensa da cidade na última sexta-feira, dia 24, para esclarecer as afirmações equivocadas do vereador Pedro Santos sobre o uso de um veículo da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. O veículo foi utilizado para o transporte de reeducandos da penitenciária de Álvaro de Carvalho que prestaram serviços no Hospital São Lucas de Garça. A situação surgiu já que um micro-ônibus já havia sido emprestado para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
João Carlos fez questão de afirmar todo o respeito pelas instituições garcenses, em especial a Creche Maria Leonor, que é uma parceira da Prefeitura de Garça e que presta relevantes serviços ao município. Ele disse que o vereador, por ser uma pessoa pública, deveria ter o efetivo conhecimento da realidade.
?Nós temos que destacar que o autor do vídeo foi muito infeliz nas suas colocações. Primeiro porque é uma pessoa pública, um vereador. Demandaria ter o efetivo conhecimento da realidade?, disse o prefeito.
Ele revelou que a van foi adquirida através de uma emenda parlamentar, com destino para a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, sendo solicitado que ela pudesse atender projetos da Creche Maria Leonor, que tem vínculos com o município, através de um termo de colaboração.
?O que nós precisamos destacar é que essa emenda, que foi liberada, veio para a Assistência Social e contempla, como recurso público, a compra desta van, que é um patrimônio público, que pertence à Prefeitura de Garça. É um compromisso nosso e isso nós faremos no momento adequado, a cessão deste veículo para atender novos projetos em atenção às crianças que são assistidas dentro do termo de colaboração?, explicou João Carlos.
O prefeito explicou que os veículos do município já fazem o transporte das crianças para a creche, sendo que a van será utilizada para novos projetos em favor dos assistidos.
De acordo com os esclarecimentos, após as mudanças na área administrativa do governo federal ainda não foi feito o repasse dos recursos para o pagamento. Existe a previsão que seja feito no mês de junho. Após o pagamento a prestação de contas será finalizada, a van será adesivada e será feito o termo de cessão para a instituição.
?Nós nos comprometemos e assim faremos, no momento oportuno, ceder para a instituição. Apesar de terem solicitado que direcionássemos a emenda, o dinheiro não veio destinado para a entidade, mas para a Prefeitura de Garça. Foi licitado e comprado, com os documentos em nome da Prefeitura. É um patrimônio público que pertence a Prefeitura do Município de Garça, que será cedido, mediante um plano de trabalho, a ser executado pela instituição. O vereador não foi muito feliz, falou que era patrimônio da instituição e não é, é um patrimônio do município, que será cedido para a instituição?, esclareceu o prefeito de Garça.
João Carlos explicou que os dois ônibus utilizados pela Apae, que transportam cerca de 160 assistidos, apresentaram problemas simultaneamente. Desta forma, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social emprestou o seu micro-ônibus para que todos fossem transportados e os trabalhos não fossem interrompidos. Ocorre que havia uma programação para o transporte dos reeducandos do regime semiaberto da penitenciária de Álvaro de Carvalho, que prestariam serviço de pintura no Hospital São Lucas, como ocorreu.
Com o micro-ônibus emprestado para à Apae, o prefeito João Carlos tomou a decisão de utilizar a van para o deslocamento dos reeducandos, que foram devidamente capacitados para o trabalho e que necessitam dessa oportunidade de ressocialização, buscando uma reinserção na sociedade e também futuramente no mercado de trabalho.
?Vocês podem notar que nosso hospital está passando por uma ampla reforma. A parte interna, nos locais possíveis, estão sendo feitos por esses homens. O compromisso do município era transportá-los diariamente, pela manhã e no final da tarde, além de providenciar a alimentação. Nós tínhamos essa necessidade e o gestor público precisa tomar decisões. No momento que cedemos o ônibus para a Apae, precisava fazer esse transporte e não poderíamos usar um veículo da Saúde para um trabalho da área da Assistência Social. É um veículo de propriedade da Prefeitura, que está aguardando a documentação final para que seja cedido para a instituição. Ele tem condições de transitar, mas ainda não contempla o necessário para o convênio e eu autorizei esse transporte?, finalizou João Carlos.