Uma reunião na manhã de quinta, 23 de setembro, deu início ao projeto de revitalização na cabeceira do córrego Cascata (Barreiro), região conhecida popularmente como “praia do Julinho”, e também revitalização da bacia desde o bairro Paineiras até o ponto de captação de águas na adutora B1 do SAAE – Serviço Autônomo de Águas e Esgotos.
A reunião contou com a participação de técnicos do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas -, braço tecnológico do governo do estado de São Paulo na questão da defesa civil, vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, do diretor superintendente do SAAE, Engº André Pazzini Bomfim, integrantes do quadro técnico da autarquia municipal, do Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Flávio Cotait, do Secretário de Comunicação e Eventos, Fábio Bonassa e do coordenador da Defesa Civil no munícipio, Leandro Gomes de Sá.
O pesquisador do IPT, Cláudio Ridente, explicou a parceria: “Nós vamos realizar um trabalho de restauração da bacia do córrego Cascata, olhando para as questões de erosão, transporte de sedimentos, no sentido de preservar as APPs (Áreas de Proteção Permanentes), aumentar a área verde no entorno e recuperar os processos erosivos. Com este conjunto de ações esperamos melhorar a qualidade da água e aumentar o volume para captação na B1, consequentemente”.
O diretor superintendente do SAAE falou sobre a importância desta iniciativa: “Este projeto, em parceria com o IPT, vai ajudar a Prefeitura e o SAAE a recuperar toda a área do córrego do Barreiro, onde nós temos o principal manancial de água de Garça. O IPT tem um grande know how deste tipo de projeto e que vai nos auxiliar, começando com um vôo de drone já no início de outubro para reconhecimento da área. As equipes técnicas do IPT, do SAAE e da SAMA vão trabalhar juntas para que as áreas sejam recuperadas e possamos ter, no futuro, mais qualidade de água e maior quantidade também’.
Conheça as etapas e objetivos específicos do projeto
- sobrevôo com drone na bacia de contribuição visando auxiliar os levantamentos de campo;
- caracterizar o meio físico (geologia, geomorfologia e pedologia) a partir dos levantamentos bibliográficos e caracterização em campo;
- cadastrar e analisar a evolução dos processos erosivos por meio de fotografias aéreas obtidas ao longo do tempo;
- caracterizar os processos erosivos do ponto de vista geológico-geotécnico e indicar soluções de engenharia para a sua estabilização, se necessário;
- elaborar estudos hidrológicos da bacia de contribuição;
- avaliar o sistema de micro/macro drenagem da bacia;
- elaborar mapa de declividade da bacia;
- elaborar mapa de uso e ocupação do solo;
- elaborar mapa de suscetibilidade da erosão;
- elaborar o mapa de potencialidade à produção de sedimentos;
- hierarquizar as sub-bacias com base nos mapas de suscetibilidade à erosão e produção de sedimentos,
- elaborar diretrizes de recomposição da vegetação nativa e conservação de solo e água.