Bate-papo de Cinema Pontos MIS realiza exibições de filmes seguidos de debates ao vivo no YouTube do Museu, buscando trazer membros da equipe dos filmes, pesquisadores da área, críticos de cinema, jornalistas e agentes cineclubistas para discutir sobre a obra e apresentar curiosidades da produção.
Esta edição apresenta o filme recém-lançado “Carvão” (dir. Carolina Markowicz, Brasil, 2022, 107 min, 18 anos). Na trama, uma família, que vive em uma pequena cidade do interior, recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas. “Carvão” é um retrato ácido de um Brasil onde impera a naturalização do absurdo.
Participam do bate-papo a diretora Carolina Markowicz e a atriz Maeve Jinkings.
O filme fica disponível on-line de 25 de novembro a 27 de novembro por meio deste link. O Bate-papo estreia no dia 26 de novembro, às 18h, no canal do MIS no YouTube.
Sobre as convidadas
Carolina Markowicz é roteirista e diretora radicada em São Paulo. Já escreveu e dirigiu seis curtas-metragens selecionados para cerca de 300 festivais, como Cannes, Locarno, Toronto, SXSW, AFI e foi premiada mais de 70 vezes. O “Orfão” é o curta-metragem mais reconhecido de sua carreira. Estreou na Quinzena dos Realizadores – Cannes e foi o vencedor do Queer Palm, sendo o primeiro filme brasileiro a ganhar este prêmio.
“Tatuapé Mahal” representou outro destaque em sua carreira. Estreou no TIFF – Toronto Intl' Film Festival em 2014, onde Carolina foi considerada uma das “cinco cineastas a serem observadas” pelo curador Shane Smith. Após seu lançamento on-line, foi incluído entre os Melhores do Ano do Vimeo Staff Picks 2017. Carolina foi uma das 10 cineastas emergentes convidadas a fazer parte do TIFF Talent Lab. Ela também foi selecionada para o Berlinale Talents e para a Locarno Filmmakers Academy, onde fez parte de uma seleção no Indiewire. Em 2019, foi convidada a fazer parte da SEE Factory, na qual coescreveu e codirigiu o curta-metragem “Spit”, exibido no dia de abertura da Quinzena dos Realizadores – Cannes 2019. Carolina também é cocriadora da série Netflix “Nobody is Looking”, vencedora do Emmy Internacional 2020. Em 2021, foi convidada para ser membro da AMPAS, a Academia responsável pelo Oscar.
Maeve Jinkings: filha de uma fotojornalista, experimentou o universo da ficção muito de perto e desde cedo. Estudou Comunicação Social no Pará, mas o sonho de se tornar atriz a conduziu à cidade de São Paulo, onde colecionou participações no teatro. A primeira experiência no cinema foi como estagiária de produção e dublê de cena de ação, em 1999. Sua estreia no circuito profissional aconteceu em 2007 com “Falsa loura”, de Carlos Reichenbach. No entanto, o trabalho que lhe rendeu mais visibilidade até então foi “O som ao redor” (2012), de Kleber Mendonça Filho. No mesmo ano, Jinkings ganhou destaque ao dar vida à cantora Jaqueline Carvalho, em “Amor, plástico e barulho”, de Renata Pinheiro. Foi com esta produção que a atriz conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília de 2013. Em 2014, no mesmo festival, Maeve recebeu o prêmio de melhor atriz em curtas-metragens pelo seu papel em “Estátua!”, de Gabriela Amaral Almeida. A atriz também já participou de vários curtas, entre eles: “Loja de répteis” (2014), de Pedro Severien, e “Sem coração” (2014), de Nara Normande e Tião, em que também trabalhou como preparadora de elenco. Os trabalhos mais recentes dela incluem “Boi neon” (2015), de Gabriel Mascaro, e “Aquarius” (2016), de Kleber Mendonça Filho, sendo este último longa o ganhador do prêmio de melhor filme pelo World Cinema Amsterdam, festival de cinema da Holanda. Maeve também integrou o elenco da telenovela “A regra do jogo” (2015).
Sobre a mediadora
Giuliana Monteiro é roteirista e diretora nascida em São Paulo. Formada em Multimeios pela PUC-SP, trabalhou como produtora durante oito anos antes de dirigir seus primeiros projetos. Em 2011, mudou-se para Nova York com uma bolsa de estudos para cursar o mestrado em roteiro e direção de filmes na Universidade de Nova York (NYU, Tisch School of the Arts). Dirigiu e roteirizou seis projetos de curta-metragem nos últimos três anos – os curtas “Raízes” (experimental), “Margarete 6422” (documentário), “Stay” (ficção), “Felicidade” (ficção) e “Eu não digo adeus, digo até logo” (ficção) – partindo de uma linguagem mais documental para ficção.