O mês de maio é dedicado para se falar a respeito do abuso infantil e a divulgar o número disque 100, um número dedicado a se denunciar de forma anônima todas as violações aos direitos humanos.
Maio foi escolhido como o mês e dia 18 de maio é a data principal, pois remetem a história de Araceli, uma menina de apenas oito anos de idade que em 18 de maio de 1973 foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória, no Espírito Santo. Mas, em 1991, os três réus acusados foram absolvidos e o crime permanece impune.
Diante deste triste acontecimento, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes, através da Lei Federal 9.970/2000, que instituiu o dia 18 de maio e o mês de maio como datas de conscientização social contra o abuso e a violência infantil.
Em 2020 surgiu a Campanha Faça Bonito – Proteja Nossas Crianças e Adolescentes, com o objetivo mostrar à sociedade que a causa é compromisso coletivo: cuidar para que a população infanto-juvenil tenha uma vida plena e com a garantia do direito ao desenvolvimento sexual saudável, sem violência.
Uma triste realidade no Brasil
Segundo a ONG Maio Laranja, a cada hora, 3 crianças são abusadas no Brasil. Entre as vítimas, mais da metade, cerca de 51%, tem entre 1 a 5 anos de idade. Por ano, são meio milhão de crianças e adolescentes explorados sexualmente no país, sendo que há uma subnotificação dos casos: a expectativa é que somente 7,5% dos casos sejam denunciados.
E, ao contrário do que possa parecer, a maior parte dos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, 52%, acontecem dentro de casa. De acordo com especialistas, as vítimas desse tipo de violência se tornam adultos que se sentem extremamente constrangidos e angustiados em diversas situações.
Para identificar possíveis casos de violência, é importante manter um diálogo aberto entre as crianças e os pais. Isso porque uma boa relação ajuda que pais e responsáveis percebam possíveis casos em que a criança se torna envergonhada com o próprio corpo, por exemplo.
Se antes ela não tinha vergonha de mostrar ou ver o próprio corpo ou ela não tinha esse retraimento em relação à sexualidade e passa a ter, é um sinal de alerta para pais ou responsáveis.
Consequências da exploração sexual infantil
Diversos autores apontam que o abuso sexual leva a consequências para crianças e adolescentes, que podem afetá-los por toda a vida.
- Em curto prazo, ocorrem alterações como:
- pesadelos e problemas com o sono;
- mudanças de hábitos alimentares;
- perda do controle de esfíncteres;
- consumo de drogas e álcool;
- fugas;
- condutas suicidas ou de automutilação;
- hiperatividade;
- diminuição do rendimento escolar;
- medo generalizado;
- agressividade;
- culpa e vergonha;
- isolamento;
- baixa auto-estima;
- rejeição ao próprio corpo;
- conhecimento sexual precoce e impróprio para a sua idade;
- masturbação compulsiva;
- exibicionismo;
- problemas de identidade sexual;
- déficit em habilidades sociais;
- retração social;
- comportamentos antissociais.
Algumas consequências podem permanecer ao longo do tempo, tornando- se, em alguns casos, patologias graves. São várias as sequelas presentes na vítima que sofre abuso sexual. É uma violência física e psicológica, uma marca presente a cada dia e que, na maioria das vezes, não se apaga. São elas, por exemplo:
- dores crônicas gerais, hipocondria ou transtornos psicossomáticos;
- alterações do sono e pesadelos constantes;
- problemas gastrointestinais ou desordem alimentar,
- tentativa de suicídio;
- consumo de drogas e álcool.
- transtorno de identidade;
- depressão, ansiedade e baixa autoestima;
- dificuldade para expressar sentimentos;
- fobias sexuais;
- disfunções sexuais;
- falta de satisfação ou incapacidade para o orgasmo;
- alterações da motivação sexual;
- problemas de relação interpessoal;
- dificuldades de vínculo afetivo com os filhos.
Ao identificar qualquer alteração comportamental da criança, procure ajuda. Infelizmente, a maior parte dos casos que ocorrem no Brasil apontam que o agressor está mais perto do que se imagina, sendo, em sua grande maioria tios, avós, pais, padrastos, primos, amigos dos pais e vizinhos.
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